terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Onde está Jesus?


Eis que estou à porta e bato".
(Apocalipse 3.20a)

O livro de Apocalipse até hoje tem sido pouco entendido, temido, mal interpretado e até mesmo desprezado. Até a simples leitura deste livro foi proibida por uma determinada organização religiosa. Aquele que fosse surpreendido lendo esse livro seria severamente punido. Fez-se em torno dele especulações várias e paira sobre ele um intrigante mistério. Há os que o interpretam de maneira quase todo literal: são os 'pré-milenistas'; também há os que o interpretam de modo simbólico: são os 'amilenistas'. Sabemos que a Escritura deve ser interpretada literalmente, a não ser que o contexto mostre outra coisa. O livro do Apocalipse ou 'Revelação' foi escrito pelo apóstolo João na ilha de Patmos, quando por ordem do imperador Domiciano foi preso e desterrado para aquela ilha. Domiciano exigia que todos os seus súditos o chamassem de 'Senhor e Deus', porém, João não aceitou tal pretensão e incentivou os demais cristãos a não prestarem esta honra indevida ao imperador. Segundo a tradição João foi colocado num caldeirão cheio de azeite fervente, mas escapou ileso, pois Deus o livrou da morte prematura. Isto muito impressionou o imperador, mas mesmo assim João foi desterrado para Patmos. Aos 85 anos de idade era obrigado a fazer trabalhos forçados e conviver com os piores criminosos do império romano. Entretanto foi nesta ilha simples e sombria que o Senhor Jesus revelou-se como o 'alfa e o ômega, o princípio e o fim. O Cristo glorificado concedeu-lhe visões inconcebíveis a nenhum outro homem, as quais escreveu num livro e enviou-as as sete igrejas da Ásia. O livro de Apocalipse enumera profecias sobre os últimos momentos de um sistema corrupto que tem dominado o mundo, e mensagens de exortação e advertências à igreja de Cristo. Os capítulos segundo e terceiro desse livro informa que uma das igrejas que receberam a carta foi a igreja que estava na cidade de Laodicéia, que era uma cidade rica e próspera. Era ela famosa pelas suas belas vestes confeccionadas pelos seus destros alfaiates, pela abundância de bons médicos e medicamentos (principalmente um pó branco para uso oftalmológico), e por ser um importante centro bancário. Estradas importantes cruzavam essa cidade, suas terras eram férteis e seus habitantes ricos. Todavia havia uma grande desvantagem: não havia suprimento de água permanente nas proximidades. A água tinha de ser levada por canos de pedra até a cidade, vinda de fontes termais que ficavam a certa distância chegando ali ainda morna. A carta contém muitas alusões ao caráter e circunstâncias da cidade (Ap 3.15-18). Apesar de todas as suas riquezas a cidade não podia produzir nem o poder curativo da água quente, como sua vizinha Hierápolis, nem o poder refrescante da água fria que podia ser encontrada em Colossos. Podia produzir apenas água morna, que provocava vômito nos visitantes que não tinham o paladar acostumado àquela água. A igreja de Laodicéia estava sendo acusada de inutilidade semelhante. O Filho do homem, título dado a Jesus, assevera: 'Você é morno, não é frio nem quente, estou a ponto de vomitá-lo da minha boca' (Ap 3.15). Tal como a cidade, a igreja pensava que 'não precisava de nada', enquanto que ela realmente precisava de 'ouro', de 'roupas brancas', e de 'colírio' mais eficazes que aqueles que seus banqueiros, costureiros e médicos podiam suprir. Semelhante a igreja laodicense existem muitas igrejas e muitos cristãos que acham que de nada precisam. Estão ocupados em obter riquezas, prazeres e fama esquecendo-se de obterem as riquezas espirituais e de buscarem a face de Deus. Muitos procuram um evangelho cheio de conveniências e de facilidades, de acordo com seus propósitos. Existem lugares que proíbem que determinados assuntos sejam abordados, para que aqueles que não estão com suas vidas de acordo com as escrituras se incomodem. Em muitos lugares o dinheiro tem ocupado a posição de Jesus Cristo, e indiretamente ensinam que por uma determinada quantia se obtêm curas, bênçãos, libertação e muitas outras coisas em seu 'balcão de ofertas'. Fazem isso de modo sutil e enganam a muitos que se encontram desprevenidos. Muitos se esquecem de que não é a Bíblia que deve se adequar a eles, mas eles é que devem se adequar a Bíblia. Tudo isso acontece por que Jesus se encontra fora de suas igrejas e de seus corações. Por esse motivo Jesus adverte: 'Eis que estou à porta e bato'.

Será que você está ouvindo a voz de Jesus chamando à porta do teu coração? Abrirá você esta porta a Ele ou deixará o Senhor Jesus do lado de fora como fez a igreja de Laodicéia? Os que não tem Jesus dentro de si são semelhantes à água morna e por isso Deus os não aceita, pois estão fora dos seus elevados padrões. Procure urgentemente ser um cristão cheio do poder do Espírito Santo de Deus e então você será aceito por Deus e Ele estará dentro de você.

Cortando as cordas


"Então os soldados cortaram as cordas...".
(Atos 27.32)

Quando você está passando por momentos adversos, perigando até mesmo perder sua vida, com certeza procura se agarrar à única oportunidade de escape que surgir mesmo que tenha de enfrentar uma grande tempestade em meio a um mar violento. Entretanto, as oportunidades de escape nem sempre são reais, mas ilusórias. Contudo, devemos cortar as cordas que prendem os escapes ilusórios e entregarmos nossas vidas a Deus e Ele dará o escape necessário. O livro de Atos foi escrito por Lucas, conforme a tradição, e é ele quem narra os acontecimentos enumerados nesse livro. Lucas não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas investigou cuidadosamente os fatos que marcaram seu nascimento, vida e ascensão (Lc 1.1-4; At 1.1-3). O apóstolo Paulo o identifica como o "médico amado" (Cl 4.14) seu fiel amigo, irmão e cooperador (2 Tm 4.11; Fm 24). Em algumas seções do livro de Atos, Lucas aparece como o companheiro íntimo de Paulo e testemunha ocular dos acontecimentos nele relatados; Lucas usa o pronome pessoal "nós" (At 16.10-17; 20.5;21.18;27.1-28.16). Lucas deixa claro que Paulo era um grande propagador do evangelho e que não se calava diante de favores ou ameaças. Cerca de quarenta judeus juraram não comer nem beber enquanto não tivessem assassinado o apóstolo. Mas a cilada foi descoberta a tempo pelo sobrinho de Paulo, e este fez com que aquele fosse levado até o comandante romano encarregado de sua guarda. Paulo foi, então, enviado à cidade de Cesaréia para ser julgado. O governador romano da Judéia era Félix, que escutou o apóstolo em várias audiências num período de dois anos e nada fez (At 27.24) . Félix foi substituído por Pórcio Festo, que após ouvir Paulo e seus acusadores perguntou-o se estava disposto a ir à Jerusalém e lá ser julgado por ele Paulo de pronto rejeitou tal proposta . A esta altura dos acontecimentos perguntamos: por que Paulo não foi solto pelos governadores romanos se estes sabiam de sua inocência (At 25.25)? Enumeraremos apenas dois motivos ou questões:
Questões pessoais: Os governadores romanos eram de caráter duvidosos e o mais importante eram os seus próprios interesses. Marco Antônio Félix era um liberto do imperador Cláudio e governou com selvageria e ambição exercendo os poderes de um rei e as inclinações de um escravo. Conservou Paulo dois anos na prisão esperando receber suborno (At 24.26). Pórcio Festo, apesar de convencido da inocência do apóstolo (At 26.31), estava preparado para sacrificá-lo. Sugeriu um novo julgamento em Jerusalém, querendo agradar os judeus, apesar de saber que estes estavam querendo assassinar Paulo. O apóstolo bem sabia que poderia ser assassinado a caminho de Jerusalém (Festo poderia facilitar isto) ou ser condenado pelo próprio Festo quando lá chegasse. Festo havia dito que 'a lei romana não condena alguém antes de ser julgado'(At 25.16), entretanto, Jesus foi julgado, inocentado e mesmo assim morto.
Se assim fora com Jesus por que não seria com Paulo?
Questões Diplomáticas: A paz romana se fazia necessária visto que havia constantes ameaças de rebelião. Os governadores romanos precisavam enviar os impostos pagos pelos provincianos a Roma. Os judeus estavam insatisfeitos com os romanos e se fazia necessário não contraria-los absolvendo um prisioneiro que eles queriam condenar à morte a todo custo. Festo deixou apenas uma possibilidade para Paulo: 'apelar para César', e foi justamente o que Paulo fez. Indiretamente Festo havia decretado a sentença condenatória de Paulo e o embarcado para Roma.
Á caminho de Roma, Paulo e seus companheiros de viagem, enfrentaram uma grande tempestade e esta persistiu, sem diminuir, durante quatorze dias. Eles esperavam sobreviver, mas tudo parecia indicar que eles não chegariam a ver novamente a luz do sol. É Lucas quem declara: 'perdemos toda a esperança de salvamento'(At 27.20). Quantas vezes você se encontra em situações como esta enfrentada pelo apóstolo e seus cooperadores, onde em meio a tempestades de desgraças perde toda a esperança . A Bíblia declara que 'a esperança que se retarda deixa o coração doente'(Pv 13.12) mas 'nós não somos como os outros que não tem esperança'(1 Ts 4.13), pois 'até na sua morte o justo tem esperança'(Pv 14.32). Mesmo que você esteja em meio a vendavais diga: 'a minha esperança está em ti Senhor'. 'Não tenha medo, Deus atendeu o seu pedido'(At 27.24). Paulo orou por si mesmo e pelos seus companheiros de viajem e Deus lhes concedeu um grande livramento. Ore não apenas por você, mas também pelos outros, pois estão no mesmo barco que você. Deus está no controle de tudo, ele não te abandona jamais. Renove sua fé e a sua esperança, pois Deus ouviu a tua oração.
Que você possa ouvir o teu Deus te dizer: "Aquiete-se! Acalme-se", e tudo se fará bonança. Faça como o centurião Júlio que tomou a iniciativa de cortar as cordas
do bote salva-vidas. Ele cortou por que acreditou e se colocou nas mãos do Deus de Paulo. Corte as cordas que prendem aquilo que impede você de depositar sua confiança em Deus. Coloque-se nas mãos de Deus e deixe Ele lhe usar.